As declarações do presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema em que defendeu a atualização dos tarifários de água, com um preço mais baixo para as culturas anuais e mais alto para as culturas permanentes, estão a causar polémica e já levaram à garantia do Governo de que não há aumentos de preços à vista.
As organizações representativas dos produtores de olival (Olivum) e amendoal (Portugal Nuts) divulgaram esta manhã um comunicado onde contestam as recentes declarações de José Pedro Salema ao jornal Eco, onde propõe a diferenciação de tarifas de água no Alqueva, com o que as associações consideram ser um “agravamento para as culturas permanentes, como a amêndoa e o olival, no Alentejo”.
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A par do equilíbrio orçamental, explica, outra realidade está a tornar-se cada vez mais pertinente: “O predomínio e a hegemonia das culturas permanentes vai além do que seria desejável, o que não devia acontecer”, salienta o presidente da EDIA.
“Temos de ter no regadio culturas anuais que são fundamentais do ponto de vista ecológico, agronómico e da distribuição da água, que continua a ser utilizada de forma esmagadora pelas culturas permanentes”, aludindo a outros predicados que devem ser tidos em conta.
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A Olivum e a Portugal Nuts assumem não compreender as razões que podem vir a justificar o aumento no preço da água utilizada no regadio de Alqueva, alegando que o investimento público do Alqueva “já está pago”, lembrando que o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) “já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos”. A Olivum e a Portugal Nuts reportam à informação já tornada pública pelo actual Governo, salientando que “Alqueva gera 364 milhões de euros para a economia nacional”.
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Fonte: Carlos Dias, in Publico, 24-07-2025
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