sexta-feira, 25 de julho de 2025

Notícia: “Guerra da água” regressa ao regadio de Alqueva."

As declarações do presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema em que defendeu a atualização dos tarifários de água, com um preço mais baixo para as culturas anuais e mais alto para as culturas permanentes, estão a causar polémica e já levaram à garantia do Governo de que não há aumentos de preços à vista.

As organizações representativas dos produtores de olival (Olivum) e amendoal (Portugal Nuts) divulgaram esta manhã um comunicado onde contestam as recentes declarações de José Pedro Salema ao jornal Eco, onde propõe a diferenciação de tarifas de água no Alqueva, com o que as associações consideram ser um “agravamento para as culturas permanentes, como a amêndoa e o olival, no Alentejo”.

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A par do equilíbrio orçamental, explica, outra realidade está a tornar-se cada vez mais pertinente: “O predomínio e a hegemonia das culturas permanentes vai além do que seria desejável, o que não devia acontecer”,​ salienta o presidente da EDIA.

“Temos de ter no regadio culturas anuais que são fundamentais do ponto de vista ecológico, agronómico e da distribuição da água, que continua a ser utilizada de forma esmagadora pelas culturas permanentes”, aludindo a outros predicados que devem ser tidos em conta.

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A posição assumida pela EDIA é considerada pelas organizações representativas do olival e amendoal como “irresponsável”, admitindo que possa vir a criar “instabilidade e mais imprevisibilidade” junto dos agricultores. A confirmar-se, um aumento de tarifário aplicado diferenciadamente ao olival e amendoal “pode comprometer a rentabilidade das explorações existentes, afetar a capacidade de investimento presente e futura, e inviabilizar o regadio em áreas já consolidadas”, salientam a Olivul e a Portugal Nuts​.

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A Olivum e a Portugal Nuts assumem não compreender as razões que podem vir a justificar o aumento no preço da água utilizada no regadio de Alqueva, alegando que o investimento público do Alqueva “já está pago”, lembrando que o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) “já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos”. A Olivum e a Portugal Nuts reportam à informação já tornada pública pelo actual Governo, salientando que “Alqueva gera 364 milhões de euros para a economia nacional”.

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Fonte: Carlos Dias, in Publico, 24-07-2025


quinta-feira, 24 de julho de 2025

Notícia: "A Ásia e as "guerras da água" "

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A China deu mais um passo no controlo da água dos Himalaias e na afirmação da sua superioridade geopolítica na região. No sábado, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, anunciou o início da construção da maior barragem hidroelétrica do mundo, no Tibete: Medog em tibetano, Mutuo em chinês.

Aproveitando o excepcional desnível do leito do rio, será composta por cinco centrais em cascata. Três vezes maior que a barragem das Três Gargantas no Yangtzé, a sua produção energética será igual à soma das centrais nucleares francesas. Para lá de proeza técnica, a China gosta de a apresentar como um grande contributo para a sua política de energias renováveis. 

Mas o problema é outro. A China impõe a sua supremacia no controlo estratégico dos recursos hídricos dos Himalaias e agrava as tensões geopolíticas na Ásia do Sul. Por isso se volta a falar no velho tema da "guerra da água".

Porquê? Os vizinhos temem que a China lhes reduza o abastecimento, já que a nova barragem fica a montante da Índia ou do Bangladesh, no rio Yarlung Tsangpo que, depois de entrar na Índia, se passa a chamar Bramaputra. Nascido nos glaciares dos Himalaias, atravessa a Índia e o Bangladesh, para desaguar com o Ganges no Delta de Bengala. 

Todos os grandes rios que irrigam a Ásia nascem nos Himalaias: os chineses Yangtzé e Rio Amarelo, o Indo (ou Indus), o Ganges e o Bramaputra ou o Mekong e o Irrawaddy, que irrigam a península indochinesa. 

Controlar o altiplano tibetano é como dominar as torneiras da Ásia. Explica no Corriere della Sera o analista Federico Rampini: "Entre as razões de Mao para ocupar o Tibete figurava a sua posição estratégica. Controlar os seus altiplanos e a água dos Himalaias significava ter um grande escudo terrestre em caso de conflito com o vizinho [indiano].

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O projecto chinês assusta a Índia e preocupa o Bangladesh. Na posição indiana há uma enorme ironia. Nova Delhi acusa Pequim de egoísmo no caso do Bramaputra. Mas o comportamento da Índia no caso do rio Indo (ou Indus), que partilha com o Paquistão, é sintomático dos riscos futuros. Segundo o acordo internacional de 1960, a Índia tem direito a 20% da água do Indo e o Paquistão a 80%.

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Fonte: Jorge Almeida Fernandes in Publico, 24/07/2025

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Sabias que os bebés nascidos em Portugal de mães aos 40 aumentou?

Notícia de hoje do Expresso:

"Após dois anos de subida, o número de nascimentos caiu no ano passado. Números do INE mostram que os bebés cujas mães têm entre 45 e 49 anos quase triplicaram em 20 anos e os de mães estrangeiras são hoje cerca de um quarto do total nacional."


Curiosamente, hoje no Exame Nacional de Geografia A, 1ª fase, saiu análise de um gráfico com evolução do número de nados vivos entre 2003 e 2023 e por nível de escolaridade das mães, em Portugal. O que explica o aumento de nados vivos de mães com 35 ou mais anos? A maior estabilidade profissional e a maior disponibilidade financeira das famílias - a resposta a uma das perguntas de escolha múltipla.
Outras razões:
- o aumento da escolarização obrigatória e investimento feminino na carreira profissional;
- os casamentos tardios;
- a maior participação feminina no mercado de trabalho;
- avanços na medicina reprodutiva, que tornam possível as gravidezes depois dos 35 anos;
- os aumentos dos divórcios.

domingo, 15 de junho de 2025

Memórias da Visita de estudo ao Parque Natural do Litoral Norte

Na manhã dos dias 3 e 5 de junho, os alunos do 7.º ano realizaram uma visita de estudo ao Parque Natural do Litoral Norte, no âmbito da disciplina de Geografia. A atividade centrou-se no percurso pedestre “Entre o Cávado e o Atlântico”, proporcionando aos estudantes uma experiência de contacto direto com os conteúdos lecionados em sala de aula.

O ponto alto do percurso foi a observação a partir do Miradouro da Restinga, que ofereceu uma perspetiva privilegiada sobre a dinâmica costeira da geomorfologia local, como a restinga, a planície de abrasão marinha, a arriba fóssil, a baía de Ofir e os afloramentos rochosos conhecidos como os Cavalos de Fão. Durante a caminhada, os alunos tiveram oportunidade de explorar o ecossistema estuarino e dunar.

Outro tema em destaque foi a erosão costeira, tendo-se abordado os efeitos dos fenómenos de transgressões e regressões marinhas, bem como os efeitos da ocupação antrópica ao longo da faixa litoral. Neste contexto, foram abordadas as diferentes obras de defesa costeira implementadas na região, como o enrocamento, os esporões e os geotubos.

A visita permitiu consolidar conhecimentos teóricos através da observação direta, promovendo a literacia ambiental e a consciência da importância da preservação dos espaços naturais. Também permitiu aplicar conhecimentos ao longo da gravação do percurso no Wikiloc.



sexta-feira, 9 de maio de 2025

Sabias que hoje é o Dia da Europa?

No dia 9 de maio comemora-se o Dia da Europa.  Esta data assinala o aniversário da histórica "Declaração Schumann", proferida em Paris em 1950, pelo então ministro dos negócios estrangeiros francês, Robert Schumann, em que expôs a sua visão de uma nova visão de cooperação política na Europa, que tornaria impensável a eclosão de uma guerra entre países europeus. Foi um evento histórico que lançou os alicerces da União Europeia tal como a conhecemos. Para o relembrar, eis o evento na AEDAS.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Visita de estudo a Berlim 2025


Os nossos alunos de Geografia A e C andaram por Berlim de 25 a 28 de março. Eis um resumo da parte inicial da viagem, pelos olhos da professora Eva Martins.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Sabias que hoje começou a primavera?

Teve hoje início o equinócio de Março, às 9h01, do 20 de março de 2025.

No Hemisfério Norte tem início a Primavera.



quinta-feira, 6 de março de 2025

Onde se localizam as licenças de exploração de Águas Minerais Naturais e Águas de Nascente em Portugal?

Uma alimentação saudável implica uma hidratação adequada.
A água mineral e de nascente é a escolha natural para manter o corpo hidratado com pureza e benefícios essenciais.
Fonte: DGEG, 2025
A DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia) divulgou mapas detalhados com a localização das licenças de exploração de Águas Minerais Naturais e Águas de Nascente em Portugal:

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Sabes onde se assinala o centro de Portugal?


Foto por: Marta Ramos

O marco geodésico é uma pirâmide construída com nove metros de altura, começada a construir em 1802 e situada a uma altitude de 587 metros. No topo obtém-se uma vista de 360º sobre toda a região, em que se destaca a Serra da Lousã e, com céu limpo, a Serra da Estrela, que está quase a 100 km de distância.

A importância do marco geodésico padrão, resulta de que foi a partir deste ponto, que se deu início à marcação dos restantes 8000 vértices geodésicos de Portugal Continental. 

Este marco encontra-se na Serra da Melriça, que é uma serra portuguesa situada a cerca de 2 Km a nordeste da povoação de Vila de Rei, que se localiza no distrito de Castelo Branco.

 

Conheces a Árvore do Ano de 2024 em Portugal?

Foto por: Marta Ramos

E a eleita foi... a figueira da Austrália nos jardins da Quinta das Lágrimas em Coimbra. Conta a lenda que foi na Quinta das Lágrimas, em pleno século XIV, que Inês chorou pela última vez, ao ser trespassada pelos punhais dos três fidalgos aos quais o pai de Pedro, o Rei Afonso IV, ordenara a sua morte. O sangue que então derramou ainda hoje dá cor às pedras da fonte que nasceu das suas lágrimas.
 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Sabias que vamos ter uma nova configuração na divisão administrativa?

No nosso país contam-se 308 concelhos (278 no continente e 30 nas regiões autónomas) repartidos por 3092 freguesias, 2882 no continente, 156 na região autónoma dos Açores, 54 na região autónoma da Madeira.

No entanto, hoje a Assembleia da República aprovou a lista das uniões de freguesias a desagregar este ano e o projeto de lei que regula o processo de transição. Assim, há 135 uniões que serão desagregadas, dando origem a 302 freguesias logo, passamos a ter 3395 freguesias.

Estas freguesias que agora vão ser repostas foram agregadas em 135 uniões de freguesia ou extintas e os seus territórios distribuídos por outras autarquias durante a reforma administrativa que em 2013 reduziu 1168 freguesias do continente, de 4260 para as atuais 3092, por imposição da ‘troika’.

Vista aérea de Vila do Conde 
(Foto por: Marta Ramos)

Em Vila do Conde foram hoje novamente desagregadas as uniões de Rio Mau e Arcos, Retorta e Tougues, Malta e Canidelo, e Fornelo e Vairão.
Ficaram de fora deste processo: Vilar e Mosteiró; Touguinha e Touguinhó; Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada.

Nova divisão de Vila do Conde por freguesias

Reportagem: "Será que Portugal e Espanha podem liderar a transição energética na Europa?"

  Foto por: Marta Ramos Aceder a: Depois da Crise Energética: Respostas Políticas na Península Ibérica