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Depois da Crise Energética: Respostas Políticas na Península Ibérica
As declarações do presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema em que defendeu a atualização dos tarifários de água, com um preço mais baixo para as culturas anuais e mais alto para as culturas permanentes, estão a causar polémica e já levaram à garantia do Governo de que não há aumentos de preços à vista.
As organizações representativas dos produtores de olival (Olivum) e amendoal (Portugal Nuts) divulgaram esta manhã um comunicado onde contestam as recentes declarações de José Pedro Salema ao jornal Eco, onde propõe a diferenciação de tarifas de água no Alqueva, com o que as associações consideram ser um “agravamento para as culturas permanentes, como a amêndoa e o olival, no Alentejo”.
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A par do equilíbrio orçamental, explica, outra realidade está a tornar-se cada vez mais pertinente: “O predomínio e a hegemonia das culturas permanentes vai além do que seria desejável, o que não devia acontecer”, salienta o presidente da EDIA.
“Temos de ter no regadio culturas anuais que são fundamentais do ponto de vista ecológico, agronómico e da distribuição da água, que continua a ser utilizada de forma esmagadora pelas culturas permanentes”, aludindo a outros predicados que devem ser tidos em conta.
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A Olivum e a Portugal Nuts assumem não compreender as razões que podem vir a justificar o aumento no preço da água utilizada no regadio de Alqueva, alegando que o investimento público do Alqueva “já está pago”, lembrando que o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) “já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos”. A Olivum e a Portugal Nuts reportam à informação já tornada pública pelo actual Governo, salientando que “Alqueva gera 364 milhões de euros para a economia nacional”.
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Fonte: Carlos Dias, in Publico, 24-07-2025
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A China deu mais um passo no controlo da água dos Himalaias e na afirmação da sua superioridade geopolítica na região. No sábado, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, anunciou o início da construção da maior barragem hidroelétrica do mundo, no Tibete: Medog em tibetano, Mutuo em chinês.
Aproveitando o excepcional desnível do leito do rio, será composta por cinco centrais em cascata. Três vezes maior que a barragem das Três Gargantas no Yangtzé, a sua produção energética será igual à soma das centrais nucleares francesas. Para lá de proeza técnica, a China gosta de a apresentar como um grande contributo para a sua política de energias renováveis.
Mas o problema é outro. A China impõe a sua supremacia no controlo estratégico dos recursos hídricos dos Himalaias e agrava as tensões geopolíticas na Ásia do Sul. Por isso se volta a falar no velho tema da "guerra da água".
Porquê? Os vizinhos temem que a China lhes reduza o abastecimento, já que a nova barragem fica a montante da Índia ou do Bangladesh, no rio Yarlung Tsangpo que, depois de entrar na Índia, se passa a chamar Bramaputra. Nascido nos glaciares dos Himalaias, atravessa a Índia e o Bangladesh, para desaguar com o Ganges no Delta de Bengala.
Todos os grandes rios que irrigam a Ásia nascem nos Himalaias: os chineses Yangtzé e Rio Amarelo, o Indo (ou Indus), o Ganges e o Bramaputra ou o Mekong e o Irrawaddy, que irrigam a península indochinesa.
Controlar o altiplano tibetano é como dominar as torneiras da Ásia. Explica no Corriere della Sera o analista Federico Rampini: "Entre as razões de Mao para ocupar o Tibete figurava a sua posição estratégica. Controlar os seus altiplanos e a água dos Himalaias significava ter um grande escudo terrestre em caso de conflito com o vizinho [indiano].
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O projecto chinês assusta a Índia e preocupa o Bangladesh. Na posição indiana há uma enorme ironia. Nova Delhi acusa Pequim de egoísmo no caso do Bramaputra. Mas o comportamento da Índia no caso do rio Indo (ou Indus), que partilha com o Paquistão, é sintomático dos riscos futuros. Segundo o acordo internacional de 1960, a Índia tem direito a 20% da água do Indo e o Paquistão a 80%.
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Fonte: Jorge Almeida Fernandes in Publico, 24/07/2025
Notícia de hoje do Expresso:
"Após dois anos de subida, o número de nascimentos caiu no ano passado. Números do INE mostram que os bebés cujas mães têm entre 45 e 49 anos quase triplicaram em 20 anos e os de mães estrangeiras são hoje cerca de um quarto do total nacional."
Na manhã dos dias 3 e 5 de junho, os alunos do 7.º ano realizaram uma visita de estudo ao Parque Natural do Litoral Norte, no âmbito da disciplina de Geografia. A atividade centrou-se no percurso pedestre “Entre o Cávado e o Atlântico”, proporcionando aos estudantes uma experiência de contacto direto com os conteúdos lecionados em sala de aula.
O ponto alto do percurso foi a observação a partir do Miradouro da Restinga, que ofereceu uma perspetiva privilegiada sobre a dinâmica costeira da geomorfologia local, como a restinga, a planície de abrasão marinha, a arriba fóssil, a baía de Ofir e os afloramentos rochosos conhecidos como os Cavalos de Fão. Durante a caminhada, os alunos tiveram oportunidade de explorar o ecossistema estuarino e dunar.
Outro tema em destaque foi a erosão costeira, tendo-se abordado os efeitos dos fenómenos de transgressões e regressões marinhas, bem como os efeitos da ocupação antrópica ao longo da faixa litoral. Neste contexto, foram abordadas as diferentes obras de defesa costeira implementadas na região, como o enrocamento, os esporões e os geotubos.
A visita permitiu consolidar conhecimentos teóricos através da observação direta, promovendo a literacia ambiental e a consciência da importância da preservação dos espaços naturais. Também permitiu aplicar conhecimentos ao longo da gravação do percurso no Wikiloc.
No dia 9 de maio comemora-se o Dia da Europa. Esta data assinala o aniversário da histórica "Declaração Schumann", proferida em Paris em 1950, pelo então ministro dos negócios estrangeiros francês, Robert Schumann, em que expôs a sua visão de uma nova visão de cooperação política na Europa, que tornaria impensável a eclosão de uma guerra entre países europeus. Foi um evento histórico que lançou os alicerces da União Europeia tal como a conhecemos. Para o relembrar, eis o evento na AEDAS.
Foto por: Marta Ramos Aceder a: Depois da Crise Energética: Respostas Políticas na Península Ibérica